sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Great Minds Think Alike

Meu sócio não posta nada desde que o Vasco perdeu do Alagoas. Ou foi do Sergipe? Paraíba? Que seja.

Eu me interesso muito por fotografia. Se não morasse na selva, provavelmente seria um desses que saem por aí com a câmera na mão, em busca de um momento de beleza fugaz pedindo para ser eternizado.

Mas andei percebendo que, mesmo não sendo um fotógrafo famoso, tem uns caras aí que andam plagiando minhas fotos. Como esse tal de Jason Mraz aí... No post anterior já mostrei que cantava a música dele 2 anos antes de ele a comp... digo, fazer sucesso com ela.

Vou colocar as fotos aqui, e vocês me dizem se é ou não um plágio descarado.




Essa é de um tal de Claude-Marie Ferrier



A minha. Pelo menos eu tenho uma câmera boa, em cores!




Essa é do Henri Cartier-Bresson; até no nome ele me copia.



Minha.

Acho que tenho que ir pra França bater nuns fotógrafos...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Eu, 5 anos atrás, cantando "I'm yours"

Só porque o blog tá meio morto, meu sócio parou de postar completamente ¬¬,só posso achar que é luto pelo Vasco, vou uploadar um vídeo meu.

Eu cantando I'm yours, do Jason Mraz, aos 14 anos tendo acabado de passar 3 horas no bronzeamento artificial.



Well you done done me and you bet I felt it
I tried to be chill but you're so hot that I melted.......


Abraço, Juliano, pelo link e pela música.


Disclaimer: Eu sou muito mais bonito que esse cara.

domingo, 6 de setembro de 2009

Vive les Kidtonik

Não é necessário reafirmar tudo que franceses fizeram pela humanidade. As bases da sociedade ocidental moderna se fundaram lá, os direitos humanos, a liberdade.

Mas de uns tempos pra cá, as contribuições vêm minguando, e hoje eu encontro isto:



Estão tendo convulsões!

Not. Estão dançando mesmo. Tecktonik.

Mas esperem, isto não é tudo. Ligando nos próximos 10 minutos, você leva, de graça, uma banda de (pré)-adolescentes que fazem a mesma coisa. Only worse.







E, como não podia deixar de ser, um abraço virtual para quem conseguir adivinhar o que a garota da direita na segunda fileira está fazendo agora.


Yep, carreira solo como femme fatale.





Eu sei que tendo nascido no país do axé, samba, pagode, sertanojo e banda apocalipso eu não tenho moral para falar deles. Mas falo mesmo jeito.

E depois ainda se perguntam por que ninguém mais leva a França a sério. D: Kidtonik... WTF??

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Qualquer lugar fora do mundo.

Só para não ficar um tempão sem postar, um poema em prosa que ilustra alguns pontos expostos neste blog. Traduzido por um cara que escancara as coisas.


Qualquer lugar fora do mundo.

Esta vida é um hospital onde cada doente é possuído pelo desejo de mudar de cama. Este gostaria de sofrer na frente da lareira, e aquele crê que melhoraria ao lado da janela.

Parece-me que eu estaria sempre bem lá onde não estou, e esta questão da mudança é uma que eu discuto sem parar com minha alma.

"Diga, minha alma, pobre alma resfriada, o que você acharia de morar em Lisboa? Lá deve ser quente, e você se reanimaria como um lagarto. Essa cidade fica à beira da água, dizem que foi construída em mármore, e que as pessoas lá têm tal ódio do vegetal que arrancam todas as árvores. Eis aí uma paisagem a teu gosto; uma paisagem feita com a luz e o mineral, e o líquido para os refletir!"

Minha alma não responde.

"Já que você ama tanto o repouso, com o espetáculo do movimento, quer ir morar na Holanda, essa terra beatificante? Talvez você se divertirá nesse lugar cujas imagens você admirou freqüentemente nos museus. Que você pensaria de Rotterdam, você que ama as florestas de mastros e as embarcações amarradas ao pé das casas?"

Minha alma continua muda.

"A Batávia talvez te atraia mais? Lá nós encontraremos o espírito da Europa casado com a beleza tropical."

Nenhuma palavra. - Estaria minha alma morta?

"Será que então você chegou a tal ponto de torpor que você não se agrada a não ser no teu mal? Se é assim, fujamos para os países que são as analogias da Morte. - Entendo nosso caso, pobre alma! Nós faremos nossas malas para Tornéo. Vamos mais longe ainda, ao extremo fim do Báltico; ainda mais longe da vida, se é possível; instalemo-nos no pólo. Lá o sol não toca a terra a não ser obliquamente, e as lentas alternâncias da luz e da noite suprimem a variedade e aumentam a monotonia, essa metade do nada. Lá poderemos tomar longos banhos de trevas, ainda que, para nos divertir, as auroras boreais nos enviarão de tempos em tempos seus raios cor-de-rosa, como reflexos de um fogo de artifício do Inferno!"

Enfim, minha alma explode, e sabiamente ela me grita: "Qualquer lugar! Qualquer lugar! desde que seja fora deste mundo!"


Charles Baudelaire, em "Petits poèmes en prose".